sexta-feira, 29 de julho de 2011

Davi: um homem segundo o coração de Deus.

Encerrarei esta primeira série de sete textos sobre homens que Deus usou para marcar sua geração falando sobre Davi. Se pararmos pra pensar, veremos que Davi entrou meio por "acidente" para a história de Israel. Como vimos no texto sobre Saul, ele até começou bem o seu reinado, afinal o Espírito de Deus agia nele, e assim ele obteve muitas vitórias. Mas depois ele resolveu agir sozinho, abdicando do agir divino e confiando em suas capacidades, o que levou Deus a procurar "um homem segundo o seu coração" (1 Sm. 13.14) para liderar Israel. Esse homem era Davi.
Deus então enviou Samuel à casa de Jessé, morador de Belém, a fim de encontrar o novo ungido do Senhor. Depois de um clássico caso de julgamento pela aparência Samuel finalmente encontrou Davi e o ungiu, sendo ele então tomado pelo Espírito do Senhor. A partir daí Deus se encarregou de fazê-lo entrar na vida de Saul, retirando seu Espírito dele e colocando um "novo", maligno mas vindo de sua parte. Saul logo concluiu que precisaria de alguém que tocasse bem (bem gente!) harpa para afastar esse mal. Chegou então a Davi.
Davi logo mostraria serviço, não só como músico habilidoso mas também na hora da batalha. Os filisteus empregaram suas forças novamente para a guerra, só que desta vez com um diferencial: havia entre eles um gigante guerreiro chamado Golias que chegou cheio de marra, disposto a duelar com um dos israelitas. Davi topou o desafio e venceu, matando o gigante. A partir daí Davi foi conquistando cada vez mais popularidade em Israel. Fizeram até uma música que dizia: "Saul matou milhares, e Davi, dezenas de milhares" (1 Sm. 18.7). Essa musiquinha "inocente" acendeu a inveja de Saul contra Davi, pois ele achava que logo o povo iria desejar ter Davi como rei. Ele acertou em parte, porque muito mais que o povo Deus desejava que isso acontecesse. E então o Senhor começou uma campanha pró Davi adotando o caminho inverso: ele enviava o espírito maligno para que Saul procurasse matar Davi. Tanto que em sã consciência Saul jurou a seu filho Jônatas em nome do Senhor que não mataria Davi. Mas aí o espírito vinha, se apoderava de Saul e ele atacava Davi de novo. E ele planejava daqui, planejava dali, e nada dava certo (por quê será?). Ficaram brincando de gato e rato por um bom tempo, tempo suficiente pra Davi se tornar o melhor amigo de Jônatas, para ferrar sem querer com o sacerdote Aimeleque e sua família, fingir-se de louco na presença de Aquis, rei de Gate, refugiar-se em Adulão e juntar-se a todos os endividados, com dificuldades e descontentes (os mais felizes!), libertar a cidade de Queila das mãos dos filisteus e ainda se tornar rei do território filisteu de Ziclague. Ufa!
Mas o que me chamou mais a atenção nesse meio tempo em Dav foi que ele teve duas oportunidades de matar Saul e não o fez. Não só porque ele era o ungido do Senhor, mas também porque apesar de tudo Davi tinha um apreço especial por ele e sua família. Mas também ele nem precisaria se dar a esse trabalho. Depois de tanto caçar Davi e até procurar uma médium para saber a opinião de Samuel, Saul se suicidou numa batalha contra os filisteus. E Davi, ao invés de comemorar, chorou e ainda matou o mensageiro, que se apresentou como o assassino.
Davi era humano, não tinha superpoderes e também errava (Bate Seba que o diga!). Mas ele temia ao Senhor e buscava nele a direção para a sua vida. No salmo 108.13 ele nos dá a receita: "Com Deus conquistaremos a vitória, e ele pisará os nossos inimigos". Deus seja louvado e até a próxima!

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